sexta-feira, 7 de maio de 2010

Idade Moderna


O Renascimento foi um movimento cultural que afetou profundamente a vida intelectual europeia no seu período pré-moderno. Começando na Itália, e espalhando-se de norte a oeste, o renascimento durou aproximadamente 250 anos e sua influência afetou a literatura, filosofia, arte, política, ciência, história,religião entre outros aspectos de indagação intelectual.

O italiano Francesco Petrarca (Francesco di Petracco), suposto primeiro legítimo humanista, escreveu na década de 1330: "Estou vivo agora, ainda que eu prefira ter nascido em outro tempo". Ele era um entusiasta da antiguidade romana e grega. Nos séculos XV e XVI, o contínuo entusiasmo pela antiguidade clássica foi reforçado pela ideia de que a cultura herdada estava se dissipando e de que havia um conjunto de ideias e atitudes com que seria possível reconstruí-la. Matteo Palmieri escreveu em 1430: "Agora, com certeza, todo espírito pensante deve agradecer a Deus, porque a ele foi permitido nascer em uma nova era". O renascimento fez nascer uma nova era em que aprender era muito importante.

O Homem Vitruviano deLeonardo da Vinci demonstra a sua visão para o homem perfeitamente proporcional.

O renascimento foi inspirado pelo crescimento dos estudos de textos latinose gregos e a admiração da era greco-romana como uma época de ouro. Isso incitou muitos artistas e escritores a tomar emprestados exemplos gregos e romanos para suas obras, mas também existiram muitas inovações nesse período, especialmente através de artistas multifacetados tais quais Leonardo da Vinci. Muitos textos gregos e romanos ainda existiam na Idade Média europeia. Os monges copiaram e recopiaram os textos antigos e os guardaram por todo um milênio, apesar de tê-lo feito com outras intenções. Muitos outros foram descobertos com a migração de estudiosos gregos, assim como de textos gregos clássicos, para a Itália, após a queda de Constantinopla, enquanto outros textos gregos e romanos chegaram através de fontes islâmicas, que os herdaram através das conquistas, e até mesmo fazendo tentativas de melhorar alguns deles. Com o orgulho natural de pensadores avançados, os humanistas viram o ressurgimento desse grande passado como uma renascença – o renascimento da própria civilização.

Importantes precedentes políticos aconteceram neste período. O político Nicolau Maquiavel escreveu "O Príncipe" que influenciou o posterior absolutismo e a política pragmática. Também foram importantes os diversos líderes que governaram estados e usaram a arte da Renascença como um sinal de seus poderes.

Idade Média


Quando o Imperador Constantino reconquistou Roma sob a bandeira da Cruz em 312, ele rapidamente editou o Édito de Milão em 313, declarando legal o cristianismo no Império Romano. Além disso, Constantino mudou oficialmente a capital do império, Roma, para a colônia grega de Bizâncio, que ele renomeou para Constantinopla ("Cidade de Constantino"). Em 395, Teodósio I, que tornou o cristianismo religião oficial do Império Romano, iria ser o último imperador a comandar o Império Romano em toda a sua unidade, sendo depois o império dividido em duas partes: O Império Romano do Ocidente, centrado em Ravenna, e o Império Romano do Oriente (depois referido como Império Bizantino) centrado em Constantinopla. A parte ocidental foi seguidamente atacada por tribos nômades germânicas, e em 476finalmente caiu sob a invasão dos Hérulos comandados por Odoacro.

A autoridade romana no Oeste entrou em colapso e as províncias ocidentais logo tornaram-se pedaços de reinos germânicos. Entretanto, a cidade de Roma, sob o comando da Igreja Católica Romana permaneceu como um centro de ensino, e fez muito para preservar o pensamento clássico romano na Europa Ocidental.[4] Nesse meio-tempo, o imperador romano em Constantinopla, Justiniano I, conseguiu com sucesso, montar toda a lei romana no Corpus Juris Civilis (529-534). Por todo o século VI, o Império Romano do Oriente esteve envolvido em uma série de conflitos sangrentos, primeiro contra o Império Persa dos Sassânidas, depois pelo Califado Islâmico (Dinastia Omíada). Em 650, as províncias do Egito,Palestina e Síria foram perdidas para forças muçulmanas.

Papa Adriano I pede ajuda aCarlos Magno, rei dos Francos, contra a invasão de 772.

Na Europa Ocidental, uma estrutura política surgia: no vácuo do poder deixado pelo colapso de Roma, hierarquias locais foram construídas sob a união das pessoas nas terras que eram trabalhadas. Dízimos eram pagos ao senhor da terra, e este senhor devia tributos ao príncipe regional. Os dízimos eram usados para financiar o estado e as guerras. Esse foi o sistema feudal, no qual novos príncipes e reis apareceram, no qual o maior deles foi o líder Franco Carlos Magno. Em 800, Carlos Magno, após suas grandes conquistas territoriais, foi coroado Imperador dos Romanos ("Imperator Romanorum") pelo Papa Leão III, afirmando efetivamente seu poder na Europa Ocidental. O reinado de Carlos Magno marcou o começo de um novo império germânico no oeste, o Sacro Império Romano. Além de suas fronteiras, novas forças estavam crescendo. O Principado de Kiev estava delimitando seu território, a Grande Morávia estava crescendo, enquanto os anglos e os saxões estavam confirmando suas fronteiras.

Antiguidade Clássica



Os gregos e romanos deixaram um legado na Europa que é evidente nos pensamentos, leis, mentes e línguas atuais. A Grécia Antiga foi uma união de cidades-estado, na qual uma primitiva forma dedemocracia se desenvolveu. Atenas foi sua cidade mais poderosa e desenvolvida, e um berço de ensinamento nos tempos de Péricles. Fóruns de cidadãos aconteciam e o policiamento do estado deu ordem ao aparecimento dos mais notáveis filósofos clássicos, como Sócrates, Platão e Aristóteles. Como rei do Reino Grego da Macedônia, as campanhas militares de Alexandre o Grande espalharam a cultura Helenística e os ensinamentos até as nascentes do rio Indo.

Mas a república romana, alicerçada pela vitória sobre Cartago nas Guerras Púnicas, estava crescendo na região. A sabedoria grega passada às instituições romanas, assim como a própria Atenas foi absorvida sob a bandeira do senado e do povo de Roma. Os romanos expandiram seu império desde a Arábia até aBretanha. Em 44 a.C. quando atingiu o seu ápice, seu líder, Júlio César foi morto sob suspeitas de estar corrompendo a república para se tornar um ditador. Na sucessão, Otaviano usurpou as raízes do poder e dissolveu o senado romano. Quando proclamou o renascimento da república ele, de fato, transferiu o poder do senado romano quando república para um império, o Império Romano.

História


Os Homo erectus e os Neanderthalis habitavam a Europa bem antes do surgimento dos humanos modernos, os Homo sapiens. Os ossos dos primeiros europeus foram achados em Dmanisi, Geórgia, e datados de 1,8 milhões de anos. O primeiro aparecimento do povo anatomicamente moderno na Europa é datado de 35 000 a.C. Evidências de assentamentos permanentes datam do 7° milênio a.C. naBulgária, Romênia e Grécia. O período neolítico chegou na Europa central no 6° milênio a.C. e em partes da Europa Setentrional no 5° e 4° milênio a.C. A civilização Tripiliana (5508-2750 a.C.) foi a primeira grande civilização da Europa e uma das primeiras do mundo; era localizada na Ucrânia moderna e também naMoldávia e Romênia. Foi provavelmente mais antiga que os Sumérios no Oriente Próximo, e tinha cidades com 15 000 habitantes que cobriam 450 hectares.

Começando no Neolítico, tem-se a civilização de Camunni no Val Camonica, Itália, que deixou mais de 350 000 petróglifos, o maior sítio arqueológico da Europa.

Também conhecido como Idade do Cobre, o Calcolítico europeu foi um tempo de mudanças e confusão. O fato mais relevante foi a infiltração e invasão de imensas partes do território por povos originários da Ásia Central, considerado pelos principais historiadores como sendo os originais indo-europeus, mas há ainda diversas teorias em debate. Outro fenômeno foi a expansão do Megalitismo e o aparecimento da primeira significante estratificação econômica e, relacionado a isso, as primeiras monarquias conhecidas da região dos Balcãs. A primeira civilização bem conhecida da Europa foi as do Minóicos da ilha de Creta e depois os Micenas em adjacentes partes da Grécia, no começo do 2° milênio a.C.

Embora o uso do ferro fosse de conhecimento dos povos egeus por volta de 1100 a.C., não chegou à Europa Central antes de 800 a.C., levando ao início da Cultura de Hallstatt, uma evolução da Idade do Ferro (que até então se encontrava na Cultura dos Campos de Urnas). Provavelmente como subproduto desta superioridade tecnológica, pouco depois os indo-europeus consolidam claramente suas posições naItália e na Península Ibérica, penetrando profundamente naquelas penínsulas (Roma foi fundada em 753 a.C.).

Descrição geral


A parte continental é limitada a Norte pelo Oceano Glacial Árctico, a oeste pelo Oceano Atlântico, a sul peloMar Mediterrâneo, pelo Mar Negro, pelas montanhas do Cáucaso e pelo Mar Cáspio, e a Leste, onde a delimitação é mais artificial, pelos Montes Urais e pelo Rio Ural. A Europa inclui também as Ilhas Britânicas, aIslândia e várias outras ilhas e arquipélagos de menor extensão, espalhados pelo Atlântico, Mediterrâneo e Árctico.

Segundo a mitologia grega, Europa foi uma mulher muito bonita que despertou os amores de Zeus, deus-rei do Olimpo.

O continente europeu, que após a Época dos Descobrimentos começou a ser chamado Velho Mundo, estende-se quase inteiramente na zona temperada, acima de 35º de latitude norte, com apenas uma estreita faixa até o círculo polar Ártico. Devido ao seu litoral muito recortado, a influência oceânica é grande, e as temperaturas são geralmente amenas (não há extremos acentuados), com precipitações que oscilam entre 500 e 1 000 mm anuais. Alternam-se no seu relevo extensas planícies, maciços pré-cambrianos e paleozóicos.

A quase totalidade do continente inclui-se no mundo desenvolvido. A agricultura, mecanizada, emprega em média apenas 10% da população economicamente activa, enquanto que um terço desta se ocupa da indústria e a maior parte é absorvida pelo sector terciário. A União Europeia(UE), compreendendo 27 Estados-membros, é a maior e mais importante entidade política, económica e cultural do mundo. A UE é também a maior economia mundial com um PIB estimado em 12,82 trilhões de dólares[2] ultrapassando largamente os Estados Unidos.

O mapa medieval T e O, de 1472, mostrando a divisão do mundo em 3 continentes, atribuídos aos três filhos de Noé.

A Europa inclui-se, com a Ásia, na massa de terra chamada Eurásia. O continente europeu tem uma área de 10,3 milhões de km² e é banhado a norte pelo oceano Glacial Ártico, a oeste pelo oceano Atlântico e a sul pelo mar Mediterrâneo. A leste, a fronteira com a Ásia atravessa a Rússia e a Turquia. Esse limite é determinado pelos montes Urais, pelo rio Ural, pelo mar Cáspio, pelas montanhas do Cáucaso e pelo mar Negro. Três nações transcaucasianas (Armênia, Azerbaijão e Geórgia), cujos territórios se estendem até a Ásia, são consideradas integrantes do continente europeu.

O litoral europeu é bastante recortado e apresenta cinco grandes penínsulas — Ibérica, Itálica,Balcânica, Escandinava e da Jutlândia — e várias ilhas e arquipélagos, entre os quais as Ilhas Britânicas, as Baleares, a Islândia, a Córsega, a Sicília, a ilha de Creta, os Açores e aMadeira.

A maior parte do território europeu é formada por planícies. Mais de metade da sua extensão está abaixo de 200 metros, e a altitude média é de 340 metros. O relevo montanhoso prevalece nas porções norte (onde se localizam os Alpes Escandinavos e as cadeias das Ilhas Britânicas) e sul (cortada pelos Pirinéus, Alpes, Cárpatos e Balcãs). No centro, uma vasta planície se estende, quase sem interrupção, dos Pirinéus aos montes Urais. O continente não abriga rios extensos: o maior deles, o Volga, tem cerca de 3,5 mil quilômetros.

Predomina o clima temperado, mas há variações determinadas pela latitude e pela influência do oceano e da massa continental asiática. O sul apresenta clima mediterrâneo e vegetação de arbustos. No centro e no leste, o clima é continental, tornando-se cada vez mais frio à medida que se avança para o interior. Essa faixa é ocupada por florestas temperadas e de coníferas. No noroeste prevalece o clima oceânico. O extremo norte tem clima polar e sua vegetação típica é a tundra. De acordo com o World Resources Institute, cerca de 40% das florestas do continente foram desmatadas. As maiores extensões de mata nativa são de coníferas e encontram-se na Suécia e na Finlândia.

A Europa tem 761 milhões de habitantes e é o único continente onde a população vem diminuindo. Segundo o Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP), ela encolherá a uma taxa de 0,1% ao ano entre 2005 e 2010. O envelhecimento da população exige absorção de imigrantes, principalmente profissionais em tecnologia. Por outro lado, o crescimento do desemprego e o aumento da concorrência nomercado de trabalho vêm impondo obstáculos à entrada de mão-de-obra não qualificada.

A concentração populacional é alta no centro e no oeste e menor a norte e leste. Metade dos europeus vive em cidades pequenas, com até 5 mil habitantes. As grandes cidades, como Berlim, Londres, Madrid, Moscovo, Paris, Roma e São Petersburgo, concentram um quatro da população. A maioria dos habitantes fala idiomas do tronco indo-europeu, sendo as línguas mais difundidas as do ramo latino (francês, italiano,castelhano, romeno, português, catalão), germânico (alemão, inglês, neerlandês, norueguês, sueco, dinamarquês, islandês) e eslavo (russo,ucraniano, polaco, servo-croata, checo, búlgaro). Outros ramos indo-europeus com menos falantes são o ramo céltico (irlandês, galês, gaélico escocês), o ramo báltico (lituano, letão) e os idiomas albanês, grego e armênio, que constituem, com seus dialetos, ramos linguísticos próprios do tronco indo-europeu. Há também idiomas do tronco urálico, como o húngaro, o finlandês e o estoniano, além do georgiano, que pertence ao tronco caucasiano, do turco, que pertence ao tronco altaico e do basco, que não pertence a qualquer família linguística conhecida.

O cristianismo é a religião com o maior número de seguidores na Europa. No continente existe um número significativo de crentes tanto docatolicismo quanto do protestantismo e da Igreja Ortodoxa.

Sede da Revolução Industrial, a Europa foi o primeiro continente a modernizar sua economia. O parque industrial europeu é, até hoje, um dos mais avançados do mundo. A sua agropecuária utiliza intensivamente tecnologia de ponta, e o continente vem registrando progressiva expansão e modernização dos serviços. Persistem, entretanto, muitos contrastes de desenvolvimento entre os países ocidentais e as nações do leste, que fizeram parte do antigo bloco comunista e desde a década de 1990 buscam implantar a economia de mercado.

Na indústria europeia, destacam-se os setores automobilístico, têxtil, químico e de telecomunicações. A produção agropecuária é significativa, mas emprega pequena quantidade de mão-de-obra, por causa da utilização intensiva de máquinas e de técnicas avançadas de cultivo. Entre os principais produtos estão leite, carne bovina e suína, centeio, batata, aveia e trigo. Na mineração sobressai a extração de carvão e minério de ferro.

A Europa Ocidental concentra 90% do PIB do continente, mas os países do antigo bloco socialista, que aderiram à economia de mercado na década de 1990, têm crescido nos últimos anos. Maior pólo turístico do planeta, a Europa atrai anualmente 400 milhões de visitantes.

Mapa da Europa, mostrando as fronteiras geográficas mais utilizadas (legenda: azul = países transcontinentaisverde = países historicamente europeus mas fora das fronteiras europeias)